Site Meter O Cromo dos Cromos: Cromo nº 502- José Domingos

 

Cromo nº 502- José Domingos


José Domingos


"O Cromo dos Cromos" feito pelos leitores, neste caso pelo Pit.

Porque hoje farias mais um aniversário (27/9/44), quero-te relembrar neste canto
(o qual frequento com muitos AMIGOS), deixando-te as próximas palavras:

“Nasceu e morreu no futebol. Filho de Paulo Russo, jogador do Leixões, Benfica, Lusitano de Évora e Espinho, começou aos 17 anos nos Juniores do F.C. Porto, uma carreira apenas coarctada por um problema de visão que impediu a transferência, já em idade sénior, para o Benfica, onde Eusébio era a principal figura.
O destino quis que o União de Lamas fosse o seu segundo clube como jogador. Na Terceira Divisão realizou uma época digna de recordação, tendo sido considerado o melhor guarda-redes da prova. A transferência para o Beira-Mar surgiu com naturalidade. Na altura como agora, os aveirenses viviam entre as duas principais divisões do nosso futebol, mas a preponderância de Domingos sempre foi por demais sentida em todas as épocas.
Os jornais da época retratavam a qualidade das exibições do guarda-redes que, após várias épocas como número 1 da baliza auri-negra, encarou normalmente a passagem para as equipas técnicas do clube. Iniciou-se aí uma carreira que 25 anos depois seria reconhecida pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol, com o prémio José Maria Pedroto.
Ao longo dos 28 anos como treinador nunca começou uma época no desemprego. Passou por clubes com maior ou menor história no futebol português, mas deixou sempre a sua marca indelével em atletas e dirigentes, fruto da sua forma sincera, honesta e justa de ser. Demasiado honesta por vezes, o que também o prejudicou, na defesa daquilo que considerava ser tão básico como os direitos dos jogadores.
Os resultados fizeram dele um treinador quase sempre vitorioso. Subiu várias vezes os clubes que treinou e poucas vezes sofreu o efeito tão doloroso do famoso “chicote”. Da distrital à Segunda Liga, passando por duas épocas na Venezuela, ao serviço do Clube Deportivo Português, José Domingos treinou, entre outros, clubes como o Beira-Mar, União de Coimbra, Sanjoanense, Sporting da Covilhã, Paredes, Trofense, Vianense, Caldas, Macedo de Cavaleiros, Portosantense, União de Santiago, Sernache, Recreio de Águeda e Desportivo de Aves.
Como homem do futebol o último ano da sua vida foi passado no clube que escolheu como seu: o Beira-Mar. Contratado como observador, numa altura em que já não podia, por motivos de saúde, viver com a pressão e o stress da profissão, acabou como Coordenador Técnico do Futebol de Formação. Acabou como começou: na formação. No que acreditava que seria o futuro. Muitos mais acreditassem como ele. Para mim é e sempre será o melhor. O meu ídolo...”
... até sempre, AMIGÃO !!!

Pit
Nota: O texto foi da autoria do Zé Alexandre, filho do José Domingos, a quem agradeço a colaboração para esta minha simples homenagem.

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