João Alves.
O João Alves tem uma forma muito própria de estar no futebol. Enquanto jogador teve tanto de genial como de polémico. Correcção: teve muito de polémico, mas ainda teve mais de genial. Aquela forma de pensar o jogo no meio-campo, aquela subtileza a marcar livres directos à entrada da área em “folha-seca”, aquela genialidade dos predestinados fizeram com que o Alves fosse um dos meus maiores ídolos de infância. Como jogador, passou a carreira entre o Benfica e o Boavista com passagem pelo Salamanca e PSG. Conhecido também por alguma excentricidade, é já mítica a sua crença na superstição e nos palpites de última hora.
Antes do Boavista-Benfica da época 2004/2005 encontrei-o à porta do Bessa, a convicção com que ele me disse que seríamos campeões daí a noventa minutos foi impressionante e reconfortante.
Nota final: as suas famosas luvas pretas (que já vinham do avô) estão em exposição no museu do Benfica.