Shéu Han: discreto, eficaz, um senhor.
Diz-se que o Shéu foi para jogador de futebol devido a um acidente que lhe amputou alguns dedos. Não sei se assim foi mas, caso assim tenha sido, resta dizer ‘abençoado acidente’. Lembro-me de ver em Shéu um porto seguro. Em campo, a sua prestação era muito regular: de zero a dez nunca tinha o dez… e nunca tinha menos do que sete. Era aquele tipo de jogador de quem todos os treinadores gostam: certo, regular e tacticamente disciplinado.
Lembro-me da festa de despedida do Shéu, em pleno Estádio da Luz, com um discurso emocionado do saudoso e brilhante Carlos Pinhão. Recordo as lágrimas do Shéu, do capitão, do último representante daquele fabuloso grupo de jogadores que marcaram a segunda metade da década de 70 e, também, grande parte dos anos 80 do Benfica.
Como Secretário Técnico do Benfica continua igual a si mesmo: um líder discreto, eficaz… um senhor.